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Pesquisas em cultura visual

20ª Edtion_29.07.2022

Ampliar a ideia de linguagem visual pode nos permitir exercer a habilidade do design para além dos projetos gráficos?

Na 20ª edição da Pororoca, batemos um papo com Gustavo Piqueira, um dos mais premiados designers gráficos do Brasil, ilustrador, pesquisador e escritor à frente da Casa Rex. Com mais de 40 livros publicados e 500 prêmios recebidos, Piqueira dividiu conosco um pouco de suas pesquisas em cultura visual, passeando por alguns de seus projetos e discutindo sobre a ruptura da linguagem e a expansão do olhar do design.

  • Themas
    CareerCreative processesDesign impactsGraphic production

Um resumo do que rolou

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Todo signo (verbal ou não) tem uma mensagem.

Esse entendimento é muito importante pois nos liberta da visão do design como mera ferramenta visual e estratégica para o mercado.

E toda mensagem tem um objetivo por trás. Nos dias de hoje estamos tão acostumados a sermos bombardeados de informações, imagens, propagandas, conteúdo, que não paramos com frequência para olhar por trás de tudo isso – seja como consumidores, ou seja como profissionais gráficos mesmo.

 

Ir além dos limites.

Nesta edição da Pororoca, Gustavo Piqueira nos desafiou a irmos além dos limites estabelecidos sobre o papel do designer na atualidade, e também no passado. Partindo de uma sensação de vazio, ele foi em busca de entender a verdadeira razão e intenção que existem por trás do “ser um profissional designer”, o que acabou o levando a um universo de estudos e pesquisas sobre a linguagem visual ao longo da História.

  • O design que as vezes cria problemas.

    Como você pode conferir na íntegra abaixo, Gustavo contou para a gente que muita da inquietação que tinha surgia da sensação geral de que o design atual possui solenemente o papel de resolver desafios e convencer o usuário à compra rápida. Mas será que a conversa não seria muito mais produtiva se o designer fosse aquele que, de vez em quando, criasse os problemas?

  • Criando novos padrões

    Extrapolar os limites da arte exige que regras gerais sejam quebradas. Que novos padrões sejam criados e que a gente não se atenha somente ao que já existe ou ao que é considerado aceitável. Mas quando foi mesmo que essas caixinhas começaram a ser criadas? Por que existem coisas que parecem ser proibidas entre os profissionais da área?

“Eu não acho que o designer é uma pessoa que resolve problemas, ele faz muitas coisas, inclusive resolver problemas. Ele também deve criar problemas.”
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Símbolos e linguagem, ferramentas de convencimento.

Em um primeiro estudo, voltamos no tempo para entender quando na História símbolos e linguagem se transformaram em ferramentas de convencimento. Houve uma época em que o plágio não existia. Formatos rígidos não existiam. Regras não existiam.

A linguagem visual era representativa e baseada na percepção de um indivíduo. Você já viu um bicho preguiça da época do descobrimento do Brasil? Nós também não… mas acreditamos que ele existia porque vimos desenhos da época estampados em documentos históricos.

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Com o tempo, esse mesmo princípio foi se adaptando às necessidades de grupos específicos para convencerem as pessoas de algo. Você já viu um monstro maligno de olhos vermelhos que come pessoas? Nós não e muito provavelmente, nem ninguém da época em que sua imagem era veiculada em revistas e jornais. Mas as pessoas acreditavam, por alguém às contou que aquela representação era verdade. E assim começaram a surgir os primeiros indícios de manipulação das mensagens através do visual. Desde aquela época, soluções eram criadas através de imagens, desenhos e textos. Esses materiais iam sendo readaptados e re-veiculados conforme as necessidades iam mudando.

Nesse contexto, um pequeno ajuste aqui, um outro ajuste ali iam readaptando a História tal qual ela foi e escrevendo o futuro com base nas intenções dos artistas.

Por certa perspectiva,  será que não é isso que continua existindo até hoje? Para Gustavo Piqueira, muitos desses estudos em Pesquisas Visuais que desenvolveu ao longo do tempo fazem tanto sentido para ele, porque podem ser re-projetados para o mundo atual. Nós, seres humanos, temos uma tendência muito grande de sermos conservadores em diversos aspectos… e pode ser que esse seja um traço que faça com que continuemos sempre a nos colocarmos em lugares considerados “seguros”. Mas quanto é papel do designer se manter nesses lugares?

Essa discussão é longa, e a troca de experiências com Gustavo Piqueira foi riquíssima. Se quiser se aprofundar um pouco mais, venha assistir ao vídeo na íntegra! Ficaremos contentes em ouvir suas percepções após. 

Assista agora

Parte 1
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Parte 2
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Parte 3
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