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Acessibilidade e branding: construindo valor para as marcas e pessoas

21ª Edição_02.09.2021

Segundo o IBGE, 45 milhões de pessoas, cerca de 25% da população brasileira, têm algum tipo de deficiência. As discussões sobre diversidade e representatividade estão cada vez mais presentes, mas até onde as marcas têm se atentado para isso? Qual é o potencial das iniciativas de acessibilidade para os negócios?

Na 21ª edição da Pororoca, Janaína Bernadino, designer especialista em acessibilidade digital na DASA, bateu um papo conosco sobre a acessibilidade na comunicação das marcas.

  • Temas
    AcessibilidadeCarreiraGestão de MarcaImpactos do DesignProcessos CriativosSociedade

Um resumo do que rolou

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Para todos.

A lei brasileira de inclusão foi instituída em 2015 e consta que todo espaço físico e digital deve ser acessível. Falta agora, que as empresas implementem o que está previsto em lei. Na construção de um site ou app, por exemplo, é preciso garantir que a padronização internacional de normas seja levada em conta. O WCAG – Web Content Accessibility Guidelines é um guia com um checklist bastante prático dos fatores que tornam um site ou app acessíveis.

 

Diversidade e inclusão.

Os consumidores estão cada vez mais atentos à coerência entre os discursos e valores projetados pelas marcas e o que elas de fato têm colocado em prática. Não existe inclusão sem acessibilidade. Construir equipes diversas é contar com diferentes percepções de mundo na estratégia empresarial. Os ganhos são inúmeros e vão muito além da produtividade.

 

Investimento.

Cerca de 25% da população brasileira têm algum tipo de deficiência. As marcas devem observar que muito além da responsabilidade com a inclusão, essa pode ser uma oportunidade de crescimento para o negócio. Uma marca que não se posiciona como uma agente de transformação social começa a sentir no bolso e tende a ter menos apoio de investidores, por exemplo.

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Representatividade

É importante que as pautas relacionadas à diversidade e representatividade abracem pessoas com deficiências. A escassez de pessoas com deficiências nos bancos de imagem ilustra essa urgência. A implementação das questões raciais na comunicação corporativa pode servir como benchmark para esse progresso.

 

Linguagem

Hoje, a variedade de materiais e guias de comunicação é extensa e bastante acessível. Investir nesse aprofundamento pode tornar a comunicação da sua empresa muito mais democrática e consciente.

 

Capacitismo

O contato com as diferenças nos possibilita criar novas maneiras de pensar, agir e modificar a estrutura cultural da sociedade. É papel das organizações garantir que as pessoas com deficiências deixem de ser inviabilizadas, marginalizadas ou não aceitas.

“Não existem pessoas com deficiência sendo representadas na capa de um livro, material didático ou comercial. Elas ainda estão no “mundinho da invisibilidade”. E o que a gente torce é que cada vez mais as marcas entendam que esse é o nosso Brasil. Que ele é muito plural, diferente, que possui sotaques diferentes e pessoas diferentes.”
Vieses inconscientes

São várias as expressões capacitistas ainda muito usadas no dia a dia, inclusive dentro do ambiente corporativo. Frases como: “dar uma de João sem braço”, “fazer corpo mole”, “fingir demência” ou “não ter braços para esse projeto” reforçam a subestimação da capacidade e aptidão de pessoas em virtude de suas deficiências. Entender nosso papel individual e coletivo na construção de uma cultura mais inclusiva é essencial. Eliminar esse tipo de fala, e mais que isso, se posicionar respeitosamente perante as situações onde elas possam surgir é um bom começo.

  • Implementar a acessibilidade no briefing

    Se a demanda por acessibilidade não parte das empresas, temos que provocá-la. Criar soluções inovadoras para promover projetos inclusivos é, também, uma responsabilidade do nosso setor.

  • Diversidade para construção de brand lovers

    Corporações que se dispõem a criar produtos para todos atraem e retêm uma clientela muito mais fiel. Simples assim.

Assista agora

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